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Os Apetrechos ou Tralhas

Os apetrechos para a pesca podem ser de ferro, aço ou material inoxidável, neste último indicado para pesca marítima para que não sofra a ação do sal, mas mesmo assim após o término da pescaria devemos lavar bem todo material e lubrificá-lo com óleo ou graxa especial, para evitar a ferrugem.
A escolha do material para a pesca dever ser feita com muito critério, não convém exagerar no tamanho ou dimensões dos apetrechos, visando fisgar um peixe maior. Devemos sempre que possível optar pela utilização de apetrechos leves, a fim de demonstrarmos nossa perícia e habilidades para retirar o peixe da água.
Hoje em dia exite uma infinidade de tipos de varas ou caniços, não necessitamos de um equipamento dos mais sofisticados e caros para nos sairmos bem em uma pescaria. Podemos usar varas desde bambu-jardim, fiberglass, fibra de carbono entre outras. Na pesca de praia, por exemplo, existe uma preferência por varas de bambu e molinetes, mas também pode-se utilizar varas de fiberglass e carretilhas.

Anzóis

Indepentente do local onde pescamos, outro apetrecho que devemos sempre ter em quantidades, tamanhos e modelos diferentes são os anzóis. Estes devem estar sempre a mão para eventuais necessidades de troca. A conservação deles também é importante, devemos deixá-los em vidrinhos, sacos plásticos, estojos, mas o importante é estar sempre bem fechados, para evitar a ferrugem.
Para facilitar a compra de anzóis, podemos pedir pela sua numeração, como demonstrado abaixo nas Figuras 1 e 2.


Figura 1
 

Figura 2

Dentre os diversos tipos de anzóis que nós encontramos, podemos escolher pelo tamanho da haste e pela existência de farpas, como vemos na Figura 2a, ou pela sua argola ou engancho, como na Figura 2b.


Haste longa


Haste padrão


Haste curta


Haste com farpas
Figura 2a



Ponta de Argola


Ponta de Agulha


Ponta de Chapa
Figura 2b

Devemos também ter sempre a mão o saca-anzol, para podemos retirar o anzol quando o peixe o engolir.

Chicotes

Outro apetrecho importante são os chicotes. Podemos resolver trocar durante a pescaria para chicotes de dois ou três anzóis, com outro tipo de anzol, com encastroados, portanto é bom ter sempre já preparados.
Os chicotes podem ser adquiridos já prontos, nas casas especializadas, com grande variedades, alguns sem anzóis e chumbadas, outros já prontos para determinado tipo de pescaria. Mas, o pescador também pode confeccionar o material que vai utilizar. Para tal o pescador deve lembrar do local de pescaria, adaptando e inventando métodos diferentes, para aperfeiçoar o preparo do material e na hora da pescaria estar tudo pronto.
Os chicotes são fáceis de confeccionar, requer somente habilidade manual, pois existem várias formas de confecção, e o pescador utilizará aquela que ele julga mais conveniente.
Abaixo na Figura 3 temos alguns modelos de chicotes.

Figura 3

Um tipo de chicote de simples confecção é aquele que se usa a própria linha que vem do molinete, para prender os anzóis, colocando-se a chumbada no final.
Outro tipo de chicote, é aquele em que se usam os giradores triplos, onde nas duas argolas do girador são preso os fios do chicote e a argola que fica ao centro a linha com o anzol na ponta. Na linha que sai do molinete, coloca-se um girador de duas argolas e, na extremidade, outro girador onde vai a chumbada.
Os chicotes devem ser confeccionados sempre com linha mais grossa do que a que sai do molinete, e nas pescarias de arremesso, as praticadas em praias por exemplo, deve usar também uma linha de arranque, ou seja, nos cinco metros iniciais, uma linha mais grossa do que a que sai do molinete, para evitar que com o impacto de saída não se arrebente, perdendo os anzóis e chumbada, e podendo machucar alguém.
Podemos utilizar também chicotes apenas torcendo as linhas, mas os fios de nylon onde as torções são feitas não devem ser escorregadios, pois na hora do fisgamento precisam estar presos na linha mestre.
Para armazenar os chicotes, podemos colocá-los em saquinhos plásticos, de preferência sozinhos para evitar embaraços, ou enrolados em suportes de madeiras,com as pontas dos anzóis protegidas com uma rolha ou pedaço de isopor.

Chumbadas

Em matéria de chumbadas existe grande variedade de formas, redondas, cilíndricas, ovaladas, pirâmides, gota entre outras, como mostrado a seguir na Figura 4:

Figura 4

Para saber qual o melhor tipo a ser usado, o pescador precisa saber antecipadamente o local e tipo de pesca que pretende praticar.
Em praias, por exemplo, as chumbadas de pirâmides ou relógio são as mais indicadas, pois fixam-se na areia, deixando os anzóis livres no movimento das águas. Após o arremesso, é preciso deixar a linha esticada, para perceber algum movimento na isca. No caso do mar estar muito agitado, podemos optar pela chumbada com garras.
Em pescarias de canais, as mais indicadas são as cilíndricas ou gotas, que facilitam na hora que o peixe "morder" a isca.

Bóias

As bóias são necessárias para algumas modalidades de pesca. São melhores utilizadas em peixes de escamas, os peixes de ação mais fundas, os de couro, é mais aconselhavél a chumbada.
Entre os inumeros modelos existentes, a função prática de todas é a mesma, manter o anzol iscado longe do fundo. A pesca com bóia é simples, quando o peixe começa a beliscar, a bóia se movimenta na superfície da água. O momento certo para fisgar, vai depender da habilidade e tato do pescador em saber a hora certa de puxar.
Na Figura 5 temos alguns exemplos de bóias:



Figura 5

O material usado na fabricação das bóias vária, geralmente utilizasse cortiça, plástico ou isopor. O formato das bóias também influenciam, por exemplo, as bóias plásticas em forma de charuto, são extremamente sensiveis à menor beliscada, ficando na posição vertical na flor da água. Se desejarmos pescar a noite, podemos utilizar bóias fluorescentes.

Linhas

Na prática dos diversos tipos de pesca, vamos verificar qual tipo de linha mais indicado para utilizarmos. Existem linhas de várias bitolas, dentre elas 0,20 - 0,25 - 0,30 - 0,35 até linha 1,00 e acima se foram para pesca do tipo pesada. Podemos optar por linhas nacionais ou importadas. O pescador tem que definir a bitola de linha a ser usada, nunca exagerando na grossura, lembrando sempre que quanto mais leve o material, mais emoção na captura do peixe.
Na pesca onde arremessamos, onde há maior tensão na linha na hora do arremesso, devemos utilizar os arranques como dito anteriormente, seguindo mais ou menos o critério de se colocar uma linha 0,30 no molinete e outra 0,40 no arranque (com cinco metros aproximadamente). Alguns molinetes vem com carretéis sobressalentes, onde podemos estar colocando outra bitola de linha, para eventual mudança de acordo com a necessidade, e lembrando também que isso dever ser feito com antecedência e não no local de pesca.
Abaixo na Figura 6 esta demonstrado alguns nós de fixação e de união.

Figura 6

Girador

O girador é utilizado para ligação do chicote a linha mestra, e também para evitar a formação de embarassos na linha, devido ao fisgamento do peixe, principalmente quando este gira muito. Podemos verificar um tipo de girador na Figura 7.

Figura 7

Ele pode ser dispensado na pesca de peixes pequenos, quando utilizamos linha mais curta facilitando a puxada e retirada do peixe.

Bicheiro

O bicheiro é um aparelho usado quando pescamos um peixe grande ou médio e se tem dificuldade para retirá-lo da água. O bicheiro tem a aparência de um anzol, sem fisga, de tamanho grande, medindo uns 30 centímetros, fora o cabo, sendo este de rosca para poder desmontar e facilitar o transporte, ou mesmo interisso em uma única peça.

Vemos na Figura 8 dois tipos de bicheiros.

Figura 8

Para pesca de peixes menores, hoje podemos contar com o "Agarra Peixe" ou "Alicate", como vemos na Figura 8a.


Figura 8a

Puça

Na pesca embarcada, o bicheiro é muito importante, e que não poderá faltar, assim como o puçá, Figura 9, que auxilia na complementação das pescarias.

Figura 9